O CATOLÉ, eu conheci por volta de 1984, através do Irmão de Letras Alfredo Chlamtac Filho. Nessa época, andávamos às voltas com AS DIRETAS JÁ e a circulação de ideias e letras era intensa nesse brasilzão de mãe preta e pai juão.
Era muito difícil a gente se desvencilhar de um "compa" recen-conhecido dada a atração pelas ideias e pelo desejo visceral de conquistá-lo para aluta...
Nessas idas e mais idas trocavam-se publicações, livros, material político e aí pintavam as publicações de cultura, a imprensa alternativa, dita nanica, marginal, libertária, entre outros adjetivos.
Quem edita, como eu, Alfredo e outros etc, não admite esses adjetivos, porque entendemos que meios de comunicação são imprensa, e como tal, esses adjetivos gradualizadores só interessam ao inimigo.
Mas conversas à parte, um dia rolou de mão em mão alguns exemplares do jornal O CATOLÉ, acho que após uma reunião na ABI, centro de agitação política da elite cultural carioca.
Como bom penetra, eu não podia faltar, e, muitos amigos me chamavam para esses eventos, porque aproveitávamos para vender livros mimeografados e tomar um vinho na Cinelândia madrugada a fora.
Foi assim que descobri O CATOLÉ e cheguei a ser publicado nele no número 105 do primeiro semestre de 1991. Mas o contato se encerrou aí.
Somente posteriormente é que fui notar a pujança de nomes como o de Batista de Lima, um dos editores, Nilto Maciel, Francisco Miguem de Moura, Floriano Martins,Terezinka pereira e Dias da Silva, entre outros, que vieram ao longo do tempo mantendo aquela verve. Hoje é que dá pra ver que ...TUDO VALE A PENA!
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Sei que sou assim: Desde o princípio até ao fim, só restos de mim.