Araken Guedes Barbosa
: Haicais
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Araken Guedes Barbosa
é alagoano de Rio Largo, nascido em 04 de outubro de 1947, filho de João Guedes Barbosa e Maria Madalena Barbosa. É irmão de Olga, Cecy, Hugo e Iran. Pai de João Temudjin, Janine e Toshimitsu. Casado com Ângela Alves de Araujo Barbosa. Trabalha na UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, no CAC - Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Letras. É praticante do Aikido (Shodan) faixa preta primeiro grau. Fundou o Grêmio Haicais Arrecifes, escreve haicais e pratica a pintura Sumi-ê.
: Haicais
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Araken Guedes Barbosa
é alagoano de Rio Largo, nascido em 04 de outubro de 1947, filho de João Guedes Barbosa e Maria Madalena Barbosa. É irmão de Olga, Cecy, Hugo e Iran. Pai de João Temudjin, Janine e Toshimitsu. Casado com Ângela Alves de Araujo Barbosa. Trabalha na UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, no CAC - Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Letras. É praticante do Aikido (Shodan) faixa preta primeiro grau. Fundou o Grêmio Haicais Arrecifes, escreve haicais e pratica a pintura Sumi-ê.
É Professor Adjunto do Departamento de Letras da UFPE, onde realizou seu doutorado em linguística aplicada ao ensino de línguas em 2005, título A Paráfrase como proposta linguístico - pedagógica para uso no ensino de línguas. Bolsista fulbright junto à George Mason University, fairfax, onde lecionou inglês no ELI (Englihs Language Institute) EUA, (inverno 2000). Possui mestrado em letras também pela UFPE com o título O Ensino de Inglês nas Escolas Públicas de Recife: uma contextualização duvidosa? em 1989. Participou de uma extensão universitária na Yokohama National University - YNU, oferecida pelo Mombusho - Ministério da Educação do Japão, como especialista de lingua inglesa ensinando inglês nas escolas públicas do Japão. Atuou como coordenador do curso de letras da UFPE pelo período de dois anos e enquanto coordenador foi membro do colegiado de curso do CAC - Centro de Artes e Comunicação.
Pequena Seleta
A chuva lá fora:
busco em minha memória
um dia de sol
&
Depois do toró:
as fogueiras apagadas
e crianças tristes.
&
Na rua molhada:
as bombinhas dão xabu
e muita fumaça.
&
A fogueira morta:
casca de milho e sabugos
é o que restou.
&
Mudança de tempo:
esquecida no metrô
sombrinha dobrável.
&
Sob a chuva fina:
a luz de um poste ilumina
um gato furtivo.
&
Será a fumaça
que provoca essas lágrimas
nos olhos do velho?
&
O milho no espeto
nas brasas já quase extintas:
costume ancestral.
&
A pamonha velha
esquecida num balcão:
parece comigo.
&
Mosca na canjica:
desconhece o São João
só conhece a fome.
&
Um forte estampido
e gritos "viva São João"
cortam meu cochilo.
&
O céu clareia
somente alguns instantes:
Depois, a chuva.
&
Fumegando à mesa
um café bem nordestino:
e a chuva não pára.
&
O dia inteiro
forró na minha cabeça:
Vai-se o mês de junho.
&
Resto de fogueira:
um jumentinho a comer
sabugos de milho.
&
Início de inverno:
nessas horas de insônia
a cama gelada.
&
Madrugada fria:
mas chega a inspiração
com mais dois haicais.
&
Ah esse silêncio
nessa madrugada fria:
minha companhia.
&
Sob a chuva fina:
o vulto de um felino
atravessa a rua.
&
Silêncio quebrado
nessa madrugada fria:
o canto de um galo.
&
Biografia
https://www.escavador.com/sobre/2727157/araken-guedes-barbosa
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